Quando ficamos doentes, tradicionalmente supõe-se esse surgimento ser acaso. Como se de repente, o corpo falhasse e em determinado sistema se desenvolve uma doença.
Tradicionalmente são prescritos remédios para tratar aquela doença, porém se observarmos bem, é fácil perceber que os remédios nada mais fazem que controlar os sintomas.
Vamos pegar por exemplo a hipertensão. Enquanto se faz uso por longos anos do medicamento, a pressão é mantida em níveis normais. Quando se para o medicamento, o que acontece? A pressão volta a subir. Em outras palavras, a doença continua presente.
Agora pense em outras doenças: diabetes, artrite, lúpus, hipotireoidismo. Em praticamente todas as doenças crônicas, usa-se remédio indefinidamente, pois se são parados, os sintomas retornam.
Em nossa cultura médica, as causas das doenças sempre são buscadas no corpo físico. Em um caso de diabetes tipo 2, por exemplo, sabe-se que o corpo desenvolve resistência a insulina, e as glicemias tendem a se tornar cada vez mais altas, e o pâncreas tende a ter cada vez mais dificuldades em produzir quantidades cada vez maiores de insulina em tentativa de regularizar no sangue as taxas de glicose. Os medicamentos buscam reduzir a resistência à insulina, aumentar sua secreção/quantidade, aumentar seu tempo de ação.
Neste caso ainda arranha-se sobre os reais motivos do surgimento da doença, e se recomenda melhora alimentação e fazer exercícios físico. Porém o foco principal continua sendo os medicamentos.
Se pegarmos a hipertensão como exemplo, raramente busca-se descobrir a causa. Simplesmente é suposto que o corpo está errado em manter a pressão acima dos níveis normais, e iniciasse a medicação anti-hipertensiva por tempo indeterminado (normalmente a vida toda). Será possível que o corpo tenha um “motivo” para manter a pressão mais alta?
Será verdade que de repente o corpo começa a falhar e nos gera uma doença? E se assim for, porque ele começou a falhar naquele momento, não um ano antes ou um ano depois? O que acontece antes com determinado órgão que leva a determinada falha?
Sabemos que uma máquina não quebra de repente. Se temos problema no motor de um carro, por exemplo, algo aconteceu antes, e este algo persistiu por um período de tempo, que aos poucos foi danificando o motor, até que um dia ele pára de funcionar.
Não é esse o sentido de levarmos o carro na manutenção todos os anos? Descobrir antecipadamente se algo está errado, danificando o sistema ou precisando de troca para manter o carro em bom funcionamento por mais tempo?
No nosso exemplo, pode ter sido falta de lubrificação adequada, combustível inadequado etc. Algo estava mal, e todos os dias danificava um pouquinho o motor, até que um dia ele não funcionou mais.
Então será que similarmente não acontece algo no nosso organismo que leva a um colapso em algum sistema um tempo depois?
Na medicina ayurvédica, cada doença se manifesta em seis níveis simultâneos.
O primeiro nível, a Programação Mental, faz referência ao que aprendemos sobre nós e o mundo com nossos familiares e sociedade. Esse aprendizado é em grande parte inconsciente, e através dele julgamos o que é certo ou errado, bom ou ruim, bonito ou feio.
Isso gera a forma como interagimos com o mundo. Esta forma pode ser tranquila ou nos causar estresse. Se aprendemos com nossos pais que não devemos ter medo de nada e devemos ser corajosos, a cada vez que sentirmos medo em uma situação, vamos interpretar que estamos fazendo algo errado, e talvez tentar reprimir este medo. Uma vez que o medo é uma emoção natural, que surge em momentos de percepção de perigo, independente de termos aprendido que não se deve ter medo, ele surgirá vez ou outra. Isso gerará estresse, porque não queremos aquela emoção. Este é o segundo nível da doença, uma interação incorreta e desequilibrada com o mundo.
É fato que nossos pensamento e emoções alteram o funcionamento do nosso corpo.
É muito fácil perceber isso!
Quando ficamos com raiva, sem perceber retesamos os músculos. Quando ficamos com medo, nosso coração bate mais rápido. Quando ficamos tristes, lágrimas se formam sem que possamos impedir. Aqueles mais atentos, percebem que o desempenho físico em um exercício diminui quando a mente está sob estresse. Todas essas aliterações e uma infinidade de outras são comprovadas por aparelhos científicos, mas não precisamos deles para perceber várias delas. Este é o nível 3: Desequilíbrio energético / metabólico / funcional. Neste momento os órgãos começam a perder vitalidade e funcionar mal.
Uma vez que grande parte das nossas atitudes são inconscientes, estes pensamos e emoções desequilibrados se mantém por um longo período, iniciando um processo de degeneração progressivo.
Em consequência do funcionamento inadequado dos órgãos as reações metabólicas passam a não ser mais finalizadas adequadamente, os sistemas de limpeza do corpo não funcionam mais bem, e tudo isso leva ao progressivo acúmulo de resíduos e toxinas no corpo, que acabam se acumulando em algum lugar.
Quando as toxinas atingem certo nível, inicia-se os sintomas. Talvez um mal-estar, uma sensação de falta de energia, uma dorzinha de cabeça leve e frequente, desânimo, talvez até mesmo uma dor em algum lugar que não passa e nenhum exame de ultrassom, tomografia ou mesmo ressonância é capaz de mostrar por que aquele lugar dói. Nesses casos, se você for no médico e fizer alguns exames, como muita frequência nenhum está alterado. Diz-se então que você “não tem nada”.
Este “nada” se mantém, até que finalmente chega um dia em que os exames mostram alguma coisa. Agora a doença chega ao nível físico e finalmente pode ser observada em exames de sangue e imagem. É nesse momento que no ocidente seu médico vai iniciar o tratamento.
Agora já fica mais fácil entender por que os remédios que controlam sintomas nunca conseguem de fato a cura?
Percebam, a doença é apenas um sinal de algo está errado. Caso não se dê atenção às reais origens do problema, é muito difícil que se chega à cura de fato.
Por este motivo, cada vez mais surgem pelo mundo inteiro formas de tratamento baseadas na observação do indivíduo como um todo, para ajudar de fato as pessoas a serem curadas.
Esse é nosso objetivo!
Dr. Leandro de Oliveira Gavi
CRM-ES 10230
Equipe BioQuântico